Eu bem me lembro.
Do seu esforço por mim
Do que estava disposto a abrir mãos
Dos seus olhos, admirados, pidões, sinceros...
Você se divertia com as garotas
e eu na minha maquiavélica inocência
isso também me enfurecia: minha confusão.
Eu era tão egoísta. E tão babaca.
Tinha vendas nos olhos
e não pude enxergar o quanto me queria bem.
Todos me achavam má.
Me chamavam de manipuladora, possessiva, e louca.
Eles tinham certa razão.
Erravam por me enquadrarem nessa posse
mas nunca te quis só pra mim
contra a sua vontade eu te deixei livre
não por você, mas por eu ser alada, entende?
não por você, mas por eu ser alada, entende?
Eu fiz você sofrer.
Com a minha sinceridade.
Com o meu jogo sujo, eu sei,
eu era uma virgem má.
E ainda assim você me esperou.
Eu nunca fui.
Eu me envergonho.
E quero um dia me desculpar
não com abraços
mas com uma conversa franca
risadas e desaforos lançados na cara.
risadas e desaforos lançados na cara.
Eu reconheço tudo o que fez por mim
e tudo o que por minha causa
não fez pra si mesmo.
Acredite. Eu admiro.
Mas não, eu não me arrependo.
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