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As correntes são invisíveis, eu sei
mas posso quebrar as algemas
e rasgar as mordaças
( vocês insistem em me aprisionar )
E eu já não temo.
Sou dona de mim.
Do meu sexo, das minhas noites
meu dinheiro, meu suor,
meus tropeços e vitórias.
Ainda caio. Quebro a cara.
Sangro os pulsos.
Me socam o estômago,
cospem na minha face.
Tentativas frustradas de me acorrentar.

Inventem novos métodos
porque toda essa maldade
já não me fraqueja mais.

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