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. Ainda que tenha dedos decepados por dar murros em facas, digo-lhes que me resta a palma da mão. Por que esse é o meu jogo fracassado, não conquisto não ganho, não me entrego. Mantenho pés fincados no chão, errando, tentando, me fudendo. Não vou deixar de sorrir como tantos querem, tenho lábios magoados por socos covardes, mas ainda me resta a língua, afiada, envenenada. E ninguém pode me dizer que eu amo errado, que eu não sei escolher, que não sou vencedora. Que se dane essa visão de vitoria no mundo, esse amor mastigado e desigual é muito pequeno pro que sinto e penso. Essas regras idiotas não foram criadas por mim. E eu sigo só o meu jogo, de mais ninguém.

E não importa em quantos pedaços eu já me fiz, ainda tenho o direito de me quebrar.

Um comentário:

  1. "Que se dane essa visão de vitoria no mundo, esse amor mastigado e desigual é muito pequeno pro que sinto e penso."

    Parece que sua loucura tá de parzinho com a minha

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