Confesso que deixo um pouco de mim
em cada esquina suja
E mesmo faltando pedaços e essências
vago a procura de diversão
de pequenos momentos capazes
de anestesiar uma vida inteira
Eu não quero sentir, não quero doer
não quero ter do que me esquecer ou me lembrar
Não quero nada, nada do que conheço
quero o inexistente, o incrível
quero o inexistente, o incrível
Robotizada, engolida pela rotina
corajosamente procuro fugas
caminhos, direções
caminhos, direções
(covarde é quem fica)
E eu já nem sei se tenho coração
E se tenho ou já tive, concretizado ele pesa e me machuca
Desista, é tarde para me encontrar e tentar me recompor
Caminhões de lixo, viciados, mendigos e prostitutas
levaram o que havia de melhor em mim
Agora, que perdeu sua inocência, eu te vejo
E você é tão desgraçada quanto eu.
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