Ela é paranóica,
dou-lhe um banho de língua e ela se acalma.
É pequena que cabe nos meus versos podres
e gigantes, mal cabe nos meus pensamentos.
É fria, reclamona, tem mania de gente velha
cafezinho depois do almoço, pés aquecidos em meias de lã
sopas e caldos em dias frios.
Clichezinho.
Ela sorri desastrada, exagerada, inconveniente
quando precisa falar se cala
quando tem que calar gargalha.
Me devora com os olhos, vermelhos e ciumentos
faz cena, grita, cospe, faz birra.
Telefona bêbada de madrugada
faz surpresas desagrádaveis
se envolve com outras duvidosas
me devolve papéis rasgados
some por longos períodos.
Mas volta,
sempre volta
è minha, essa menina.
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