Algumas noites as palavras me acordam. Acho que estão soltas querendo virar prosa, desabafo ou poesia...
Elas só se aquietam quando estou de pé armada com a caneta na mão. Abro a janela e algumas expulso do meu quarto: tristeza, maldade, medo, que petulância essas palavrinhas medíocres tentarem participar da minha madrugada! As que ficam me rodeiam, se alinham nas folhas que rascunho sem parar. Doce delírio, loucura preguiçosa. Escrevo, rabisco, leio em voz alta, sorrio baixinho, balanço a cabeça. Quanta tolice, menina. Tolice necessária, devaneios que me alimentam.
Acontece que ás vezes eu me sinto tão perdida, que o único lugar onde consigo me encontrar é entre as pautas do meu caderno velho...
Nenhum comentário:
Postar um comentário