Eu.


Segui por estradas sem saídas 
 Rumando alguma direção inexistente
Procurando por bandeiras e fronteiras 
Que me fizessem criar raízes
Que dissessem: pára esse é o lugar!
E jamais encontrei o que me fizesse parar
Criar raiz é limitar-se 
E sou ilimitada por essência
Minha bandeira é a negra 
Minha fronteira é além do horizonte
O que me faz ficar é o momento 
E o medo – sou humana
Mas sou indescritível,
Resistente, guerreira,
Assusto-me com as fraquezas, 
Mas não as deixo me dominar.
Fui parida pelo mundo
E criada pelo caos.
E é isso o que me habita

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