A toda essa gente careta e covarde...

Então que me joguem pedras, eu não vou parar. Prefiro seguir apedrejada a ser plastificada, emoldurada no que vocês esperam de mim. Vocês não entendem, não entendem que eu não nasci para brilhar, não esse brilho falso, estrela de plástico. Eu não me importo com a carreira de sucesso, com o dinheiro que compra suas almas, eu não me importo! E quer saber mais? Eu acho tão pouco, me conformar com essa rotina de jovem exemplar, que não tem suas próprias expectativas e vive em função dos outros. Eu tenho meus próprios planos, e mesmo que deem errado, eles são meus, são meus! Não aceito esses caminhos a mim impostos, concretizados e já percorridos por falsos líderes que se acham reis. Eu sei dos meus caminhos, não quero atalhos quero avenida sem fim com curvas quentes, quero o amargo de perder,  de me frustrar que seja, sendo minhas escolhas, por mim tudo bem. Estou disposta a pagar o preço. E se eu já estiver velha demais pra riscos, ainda assim escolho o perigo. E se eu estiver nova demais pra escolhas, ainda assim será do meu jeito. Com esses passos tortos, essa coleção de fracassos, esse sorriso desesperado de quem não sabe pra onde vai, e ainda assim vai, desse meu jeito apavorado eu sigo. Jamais estagnada. Talvez me esbarrem feliz, um dia, satisfeita com minha trilha, e verão que minha teimosia e petulância me levaram a algum lugar. Talvez me achem caída e perdida, e antes que me venham com suas bocas imundas, eu lhes direi: meu caminho é como um labirinto, se eu me perder, não se preocupem, eu encontro a saída.
Mas eu duvido que vocês me encontrem, em qualquer situação, estarão sempre sentados com suas bundas no sofá, reclamando da miséria que vocês mesmo causam. Cegos pela comodidade e com seus sacos de pedregulhos do lado, prestes a jogar nas outras que virão, com coragem de negar caminhos e pensamentos mastigados. 
É que sou cometa deixando rastros. Sou erva daninha brotando no chão, germinando sementes que outras colherão. Vou florir. Ser primavera.

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