sem rumo por opção


caminho entre o precipício e o asfalto
eu vivo no limite
mordo os lábios e sinto o gosto do sangue
engulo de uma vez acompanhado do desconhecido
e quando eu grito minha voz quebra vidraças, aciona alarmes,
assusta crianças, desperta os cães 
sou um poço de angústia com gotas de ira e rancor
quero que a paz venha com o fogo, alastrando
e provocando calamidades
quero que o amor venha com o ódio, cegando e ardendo os olhos
tomando conta, saltando veias
quero que meus passos continuem incertos
despedi o guia do meu destino.


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