Gracias mi madre.

Absurdamente sinto falta.
Das melhores às piores lembranças, tudo dói. E mesmo doendo, me arranca sorrisos.
Da vitalidade à fraqueza, da amargura à sensibilidade, tudo, tudo faz falta. Das futilidades que me irritavam, da presença autoritária e da bravura.
Ah, a bravura e a coragem de se doar. De se meter na briga alheia, de se fazer necessária onde não era bem vinda, de ser essencial onde menos espera. De brilhar sempre, ofuscando, iluminando.
Acompanhar seus olhos quando não mais havia voz, apertar sua mão quando as pernas fraquejaram. Dormir e acordar ao teu lado mesmo não estando ali, entende?
E quando todos te observavam, curiosos e piedosos, eu dizia a eles, com a presença e olhar herdados de você, sem citar uma palavra eu esbravejava: todo mundo aqui é perfeito? E eu arrumava seu cabelo. E empurrava sua cadeira num desfile, com a mesma dosagem de orgulho também herdada.
E só então todos podiam ver que amor de mãe é para sempre.
Para sempre.

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