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Todas as noites teus olhos invadem a minha cama.
E me tiram o sono, tomam meu cobertor
 me fazem papel e tinta, compulsivamente.
Eu tento fugir, mas não há fuga,
    teus olhos me vigiam, me fitam, me desejam
e zombam dos meus medos e modos.
Tomam para si a minha escuridão
           mas não me iluminam,

são olhos malditos os teus.

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